o que é escara de decúbito (lesão por pressão)?

As escaras de decúbito requerem um longo período de tratamento e com protocolos tão específicos que cada hospital tem sua própria equipe de enfermagem que compõe a comissão de curativos.

Embora comum em pacientes após longo período de internação, acamados e até cadeirantes, geralmente, o conhecimento sobre as temidas feridas ocorre quando há necessidade de ajudar pessoas próximas ou familiares, por isso, confira informações que vão te ajudar a entender mais sobre as lesões por pressão e formas de agilizar a cicatrização.

Afinal, o que é escara de decúbito?

A escara de decúbito, lesão por pressão, escara ou úlcera por pressão é uma ferida ocasionada pela diminuição da circulação sanguínea devido a pressão de partes do corpo contra superfícies, como a da cama ou da cadeira de rodas, por um longo período.

Mais frequente em pessoas que passaram um tempo prolongado em internação, acamadas e em pacientes com dificuldade de mobilidade e locomoção. As úlceras podem se formar em qualquer parte do corpo, mas, ocorrem principalmente, em áreas com menos gordura, com proeminência óssea como pescoço, orelhas, cotovelos, cóccix e calcanhares.

Estas feridas podem ser classificadas em estágios ou graus, de acordo as camadas atingidas, podendo ser leves, quando ocorre vermelhidão até graves, em que os nervos e os ossos podem ser atingidos, a intensidade da dor também varia de acordo com o estágio da lesão.

Recentemente, o National Pressure Ulcer Advisory Panel (NPUAP), organização norte-americana dedicada à prevenção e ao tratamento de lesões por pressão, anunciou uma mudança na terminologia, em que o termo “lesão por pressão” foi adotado e deve ser utilizado pelos profissionais de saúde, pois concluiu-se que descreve com mais precisão as lesões em peles intactas e ulceradas.

Sintomas da escara de decúbito 

Os sintomas variam de acordo com os graus ou estágios das lesões que incluem:

•   Eritema em pele intacta;
• Extensão através da epiderme, com perda de pele parcial
•    Bolhas,
•  Perda da espessura total da pele;
•     Entre outros.

 

Conheça os estágios das lesões por pressão

Estágio 1

A pele se mantém íntegra com vermelhidão ou eritema que embranquece, também pode apresentar mudança na sensibilidade, temperatura ou consistência, geralmente a área endurece.

Estágio 2

Neste caso, a lesão atinge a epiderme, a derme ou ambas, forma-se uma bolha intacta ou rompida e a pele ao redor pode ficar avermelhada.

Estágio 3

Neste estágio, há perda de pele, a lesão apresenta bordas “enroladas” ou tecido de granulação epíbole.

 A profundidade do dano varia de acordo com a área da lesão, áreas com mais gordura têm lesões mais fundas, mas, não há exposição de fáscia, músculo, tendão, ligamento, cartilagem ou osso.

Estágio 4

Aqui, além das características do estágio 3, há perda tissular com exposição ou palpação direta da fáscia, músculo, tendão, ligamento, cartilagem ou osso.

Além dos estágios, existem casos não classificáveis em que a extensão do dano não pode ser vista por estar encoberta pela escara,  neste caso, para a classificação correta, é preciso aguardar a remoção do esfacelo para verificar se a lesão por pressão é do grau 3 ou 4.

As escaras podem agravar os quadros de saúde?

As escaras de decúbito são de lenta cicatrização, o que pode comprometer a recuperação do paciente, tanto pelo risco de entrada de bactérias que pode agravar o quadro por infecções, como também pela dificuldade de realizar outros processos para a melhoria geral da saúde como intervenções de fisioterapia que deve ser limitada para evitar que a posição ou movimento agrave ainda mais a ferida.

Em grande parte dos casos, pacientes com ferida de graus mais elevados na região sacral, por exemplo, não podem se sentar ou em outras regiões pode comprometer os movimentos e impossibilitar que o paciente se levante até que haja cicatrização parcial. 

Prevenção

A escara de decúbito é uma consequência da pressão da pele contra superfícies por um longo período, assim, em caso de acamados, mudar o decúbito ou posição do paciente na cama após de 4 a 6 horas previne o aparecimento das úlceras de pressão, a utilização de creme de barreira também pode ser um auxiliar para amenizar a exposição da pele a superfícies.

Há diversos produtos no mercado que podem contribuir para a circulação sanguínea da pele e assim, evitar o aparecimento das feridas como colchões caixa de ovo, colchões pneumáticos que devem ser usados, principalmente, em casos de pacientes que por condições médicas, precisam se manter em determinada posição para a realização do tratamento.

Como tratar as escaras de decúbito ? 

Caso as úlceras de pressão apareçam, existem muitos protocolos de enfermagem para o tratamento das feridas, de acordo com seu grau e a condição de saúde geral do paciente, o principal produto utilizado é o óleo Dersani ou AGE que auxilia na cicatrização da pele.

Mas, em caso de tecido necrosado, é preciso utilizar produtos químicos abrasivos para eliminação do tecido morto como cremes à base de papaína e em alguns casos até o desbridamento para a remoção deste tecido.

Também é importante manter uma dieta rica em proteínas, suplementos alimentares podem contribuir e, em alguns casos, é necessário o uso de antibióticos.

Uma alternativa muito efetiva que é capaz de acelerar o processo de regeneração da pele é a utilização da LEDterapia, durante o tratamento. Esta técnica pode ser aplicada diariamente, em casa e tem baixo custo, trata-se de um tratamento reconhecido pelo National Pressure Ulcer Advisory Panel (NPUAP).

A LEDterapia é capaz de acelerar a proliferação celular, assim, substituindo as células danificadas e mortas, esta ação ocorre porque quando as células absorvem a luz vermelha e infravermelha do laser, produzem mais ATP que aumenta o transporte de energia na célula, agilizando e aumentando sua proliferação.

A maior novidade do mercado é a disponibilização de placas de LED que possibilitam a mesma efetividade do laser utilizado em consultório de forma a poder ser aplicado em casa, além de todos os benefícios, a LEDterapia ou fotobiomodulação também proporciona analgesia das áreas afetadas.